A Manifesta Companhia é formada pelas artistas da cena e arte educadoras Brisa Vieira, Gabriela Giannetti e Lila Marilia, atuantes na cena cultural de Campinas (SP). Embora atuantes de maneira independente há mais de 20 anos nas artes da cena, nos reunimos como Manifesta no início de 2019, com intuito de potencializar coletivamente nosso trabalho e ampliar nossas ações de produção e circulação de espetáculos, atividades formativas e acadêmicas, buscando compartilhar saberes e contribuir para a transformação social por meio da arte.

Atualmente temos em repertório três espetáculos. “Mig Meg Mug”, espetáculo infantojuvenil com direção de Alice Possani (Matula Teatro, Campinas, SP), que tem a audiodescrição integrada à dramaturgia e tradução simultânea em Libras. Desenvolvido em busca de ampliar o alcance de público e o nosso fazer artístico de forma a contribuir com a eliminação de barreiras sociais que impedem a plena participação das pessoas com deficiência no acesso ao teatro.

Contemplado pelo Proac LAB, o espetáculo estreou virtualmente no início de 2021. No período de estreia, com o intuito de refletir sobre o processo criativo e sobre a acessibilidade como eixo transversal de um projeto, realizamos também o bate-papo “Processos Criativos e Acessibilidade”, com o artista Oscar Capucho (MG), que foi nosso consultor durante o processo. Em novembro do mesmo ano, dando continuidade às nossas atividades de reflexão, apresentamos a comunicação “Processos Criativos da Cena e Audiodescrição Integrada”, no II Congresso de Acessibilidade e Diversidade Cultural de Campinas, no qual pudemos compartilhar a experiência de criação do espetáculo e trocar com outros profissionais envolvidos com a questão da acessibilidade em nosso território.

Em janeiro de 2022, “Mig Meg Mug” estreou presencialmente no Sesc Campinas e vem percorrendo municípios diversos, sendo apresentado no palco e espaços abertos, em centros culturais, escolas e unidades do Sesc. Em 2021, contemplado pela LAB, o grupo produziu o espetáculo “Enquanto eu tiver perguntas”, solo da atriz Brisa Vieira, com direção de Moacir Ferraz, livremente inspirado em “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector. A peça estreou virtualmente e segue circulando presencialmente.

O grupo também tem em repertório o espetáculo “Narrativas do Indizível”, solo da atriz Lila Marilia com direção de Andrea Ojeda (Periplo Companhia, ARG), também inspirado em obras de Clarice Lispector, e que foi contemplado pelo prêmio “Linguagens Artísticas” de Chapecó (SC) em 2018. Juntos, esses dois espetáculos compõem o projeto Clarice Manifesta, que contempla apresentações desses trabalhos e a atividade formativa “Se eu fosse eu”, voltada para mulheres, que traz à cena e também para reflexão, a questão do feminino e das angústias do processo criativo.